28 de julho // ARTIGOS

Sem suplementação adequada animais podem perder 100gr/dia devido às geadas

Produtores precisam ficar atentos a como usar a estratégia adequada para evitar maiores danos ao rebanho.

Mais uma vez o risco de geada assusta os pecuaristas de Mato Grosso do Sul. Com a eminência de mais uma queda de geada no Estado em um curto espaço de tempo, a Embrapa Gado de Corte emitiu um alerta os produtores rurais. Segundo a entidade, as geadas podem prejudicar tanto a camada externa quanto interna das plantas, como resultado do congelamento das estruturas – vasos, tecidos e células vegetais, levando a morte de diversas partes aéreas das plantas.

Para falar mais sobre esse assunto e de como o produtor pode se planejar para o enfretamento desse período, conversamos com o pesquisador Rodrigo da Costa Gomes da área de nutrição animal da Embrapa.

Servsal: Em média, quanto o animal pode perder de ganho de peso ao dia nos casos de geada?

Rodrigo:  Vai depender da categoria animal e da qualidade e disponibilidade da forragem antes da geada. No entanto, quando a qualidade é baixa e o animal não é suplementado, observamos perdas de até 100 g por dia.

Servsal: Que tipo de estratégia o produtor pode adotar para se antecipar e poder enfrentar melhor esse momento?

Rodrigo: Primeiro, ele deve garantir áreas que sejam diferidas durante o verão e o outono, para uso no inverno.

A forragem vai se acumular e, mesmo que reduza sua qualidade, ou mesmo aconteça uma geada, o rebanho terá forragem em quantidade suficiente para garantir um consumo mínimo e manutenção da condição corporal, ou mesmo de ganhos moderados, quando se utiliza suplementação alimentar.

Uma segunda estratégia é o produtor ter a prática de confecção de alimentos volumosos conservados na propriedade. Pode ser silagem, feno, ou pré-secado. Ou mesmo ele ter forrageiras para uso in natura, tais como cana-de-açúcar e capim capiaçu.

Servsal: Existe hoje alguma tecnologia, como as utilizadas pela agricultura, para que ele possa se antecipar?

Rodrigo: Temos vários relatos em que a integração lavoura-pecuária-floresta reduziu os danos das geadas, principalmente em sistemas silvipastoris.

Mesmo na ausência de integração com florestas plantadas, a integração da pecuária com lavoura, geralmente leva a pastagens de maior produtividade e maior qualidade nutricional, o que ajuda a reduzir os prejuízos da geada.

Servsal: No caso do não planejamento, qual a atitude mais acertiva nesse momento com relação à nutrição dos animais?

Rodrigo: Um primeiro passo é ajustar a lotação da propriedade, reduzindo-a pela venda de animais prontos para abate e de outras categorias que possam ser comercializadas.

Eventualmente, bois magros podem ser levados para engorda em “boiteis”, confinamentos que prestam serviço ou possuem sistemas de parceria para terminação. Arrendamento de áreas de pastagens tem se tornado menos comum, porém é também uma alternativa.

Um segundo passo é reorganizar o manejo nutricional da propriedade, lançando mão de suplementação estratégica para aquelas categorias mais críticas, principalmente vacas prenhas, visando não ter prejuízos na reconcepção por parirem com condição corporal ruim.

Já para animais de recria, a suplementação proteica de baixo consumo é uma alternativa de excelente relação benefício x custo, levando a ganhos moderados, garantindo um crescimento contínuo.

Sugestão de produtos Servsal:

- Para trabalhar na pós geada sugerimos a Linha Mipro (pouca oferta de pasto ou quando da utilização de feno).

- Para situações com oferta de pasto para recria e engorda Proteico 30 e Proteico Engorda 30.

- Para o gado de cria indicamos o Proteico Cria.


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